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sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Projeto Leiturativa
Livraria abre espaço para a literatura capixaba
Além de expor os livros num espaço de cerca de 50m², a Logos Livraria pretende levar estudantes e turistas de outros estados para ter contato com essa literatura
Caroline Pontini - Gazetaonline
foto: Nestor Muller

Espaço reservado aos livros de autores capixabas na Logos Livraria da Praia do Suá.
Os autores capixabas são muitos. As obras são de boa qualidade. Então, por que não disponibilizar os livros desses autores ao grande público? Diante da dificuldade dos leitores em encontrar as obras locais e dos escritores divulgarem seus livros, a Logos Livraria inaugura neste sábado (18), na sua loja da Praia do Suá, um espaço reservado à literatura local.
Além de expor os livros num espaço de cerca de 50m², a livraria pretende levar estudantes e turistas de outros estados para ter contato com essa literatura. No local, a Logos disponibiliza mesas e cadeiras para o público apreciar os livros.
A iniciativa pretende dá maior visibilidade às obras de autores locais. Apesar de ser a primeira livraria no estado a oferecer esse serviço, outros espaços já disponibilizam o acesso à literatura local como osite Morro do Moreno,o Hortifruti Praia da Costa, o Restaurante Pitanga e o site Tertúlia.
Serviço:
Inauguração do espaço da literatura capixaba
Dia: sábado (18)
Horário: 10h às 14h
Local: Logos Livraria - Av. Leitão da Silva, 303 - Praia do Suá
Informações: 3137-2582
Outros locais que disponibilizam livros de autores capixabas:
- Restaurante Self-Service Comida Light - Rua Antônio Ataíde, Centro - Vila Velha, (27) 3031-7193
- Companhia do Vídeo - Rua Diógenes Malacarne, 110, loja da Praia da Costa - Vila Velha, (27) 3389-0037
- Hortifruti Praia da Costa - Rua Henrique Moscoso, 333, Praia da Costa - Vila Velha, (27) 3421-1977
- Restaurante Pitanga - Rua Francisco Alves, 9, Campo Grande - Cariacica, (27) 3226-0046
Grace Lacerda
Bolsista Projeto InformaAção e Cultura

Brasil lidera o ranking de abandono escolar no Mercosul, aponta IBGE
RIO - A Síntese dos Indicadores Sociais, publicada hoje pelo IBGE sobre os dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2009, indica que o Brasil lidera a taxa de abandono escolar entre os países do Mercosul. Segundo o levantamento, 10% dos alunos do ensino médio abandonaram as salas de aula no Brasil em 2007, contra 7% na Argentina, 6,8% no Uruguai, 2,9% no Chile, 2,3% no Paraguai e 1% na Venezuela. O mesmo se repete com os ensino fundamental: a taxa de abandono no Brasil foi de 3,2%, acima da registrada na Venezuela (2,3%), Paraguai (1,9%), Argentina e Chile (1,3% cada um) e Uruguai (0,3%).A taxa de aprovação brasileira também é a pior em relação aos principais vizinhos: 85,8% no fundamental (todos os demais países têm índices superiores a 90%). No ensino médio, a taxa de aprovação de 77% só é superior à uruguai, de 72,7% e da argentina, de 74,3%, mas abaixo da chilena e paraguaia (de 90,9% cada uma) e da venezuelana (91,0%).O estudo também apontou que 5 milhões de crianças entre 0 e 14 anos, ou 10,9% do total deste segmento, vive em situação de risco, ou seja, em casas sem água tratada, sem rede de esgoto geral e sem coleta de lixo, ou, no dizer do instituto, estavam seriamente expostas a riscos de doenças.O Nordeste concentra grande parte destas crianças: 19,2% das crianças nesta faixa etária não tem acesso a estes serviços básicos. O Maranhão e o Piauí lideram esta triste estatística, com 27,7% e 26,8% de suas crianças, respectivamente, em risco.Os problemas não ficam concentrados apenas nas casas das famílias: 39,4% dos alunos na educação básica estudam em escolas brasileiras sem esgotamento sanitário e 10% delas em colégios sem água potável.Outros fatores de risco também preocupam: 56,9% dos alunos do 9º ano do ensino funamental não praticam 300 minutos semanais de atividade física, 24,2% já experimentaram cigarro, 22,1% já sofreram algum episódio de embriaguez e 24,1% não usaram preservativo em sua última relação sexual.Aumenta dependência de programas sociaisA síntese indicou também o impacto de programas de transferência de renda na população mais pobres. Nas famílias com renda per capita de até 1/4 do salário mínimo (R$ 116/mês na época da pesquisa) aumentou muito o peso das "Outras Fontes" no orçamento familiar. Se em 1999 essa fonte de renda onde está incluído o Bolsa Família, PETs, LOAS, etc, representava 4,4%, agora está em 28%. Com isso, o peso da renda do trabalho caiu de 81,4% para 66,2% e o da renda oriunda de aposentadorias e pensões passou de 14,2% para 5,8%. As outras fontes neste grupo de famílias representa 30,8% no Nordeste, única região acima da média. Por estado, o líder é o Piauí 33,5%. No Rio, esse percentual está em 20% e só maior que o Acre, onde é 18,8%.Mulheres ainda ganham menosDe acordo com o estudo do IBGE, 51,2% das mulheres estão no trabalho informal (contra 46,8% dos homens) e 11,6% das mulheres com 16 anos ou mais ocupadas não tem rendimento, trabalham na produção para o próprio consumo ou na construção para o próprio uso ou simplesmente não tem remuneração. Segundo a Pnad o estado onde há maior ocorrência deste fenômeno é no Piauí, onde o fenômeno atinge 28,4% das mulheres com mais de 16 anos e ocupadas.O trabalho informal feminino é mais comum entre as mulheres entre 16 e 24 anos (69,2%) e para aquelas com 60 anos ou mais (82,2%). O mesmo ocorre com as mulheres que se delcaram pardas, onde a informalidade chega a 60%, contra 44% entre as brancas. Regionalmente a informalidade é maior no Norte. Elas continuam recebendo, em geral 30% a menos que os homens, embora a taxa de escolaridade seja maior que a deles, em especial entre os mais jovens. 55% das domésticas tem entre 25 e 44 anos e 72,8% delas não tem carteira de trabalho assinada.Aumenta o número de adultos com 11 anos ou mais de estudoO Pnad apontou também que aumentou fortemente o número de adultos com 11 anos ou mais de estudos. De acordo com o levantamento, 47,2% Da População Economicamente Ativa (PEA) acima de 18 anos, Já tém 11 anos (Ensino fundamental e médio) ou mais de estudos. Há dez anos, esse percentual estava em 28,1%.Isso demonstra que a nova geração possui uma escolaridade maior, justamente o que o mercado de trabalho espera
Levando em conta a população entre 18 e 24 anos, esse percentual está em 55,9% (era 29,6% em 1999), o que mostra que a população mais nova está mais interessada em concluir o ensino médio, tanto por ter mais acesso, como por exigência do mercado de trabalho. No ano passado, 40,7% desta população tinha onze anos de estudo e 15,2% tinha mais que 11 anos de estudo.- Isso demonstra que a nova geração possui uma escolaridade maior, justamente o que o mercado de trabalho espera - afirma Ana Lúcia Saboia, coordenação geral da pesquisa.Além disso, o IBGE aponta que a taxa de escolarização líquida - ou seja, a quantidade de pessoas que estão na série adequada à idade - da população entre 15 a 17 anos está em 50,9%. Ou seja, mais pessoas estão concluindo o ensino médio e estão fazendo isso na época certa. Em 1999, esse número estava em 32,7%.O dado, contudo, esconde distorções nas regiões. No Norte e Nordeste a taxa atual não só é muito menor que nas outras regiões como ainda não alcançaram o resultado do Sudeste e do Sul há dez anos. Hoje no Norte está em 39,1% e no Nordeste 39,2%. O Sudeste tinha em 1999 a taxa de 42,1% e hoje está com 60,5%. No Sul, a taxa há uma década era de 44,6% e hoje está em 57,4%.População preta ou parda soma 51,1% do total do paísA Pnad indica que 51,1% da população já se considera preta ou parda. Há dez anos, esse percentual estava em 45,4%. O número de pretos, que era 40% em 1999, passou para 42,2% em 2004 e para 44,2% no ano passado. O percentual da população que se declara parda passou de 5,4% em 1999 para 5,9% em 2004 e agora está em 6,9%.Na outra ponta, o número de pessoas que se declaravam brancas caiu de 54% em 199 para 51,3% em 2004 e chegou em 2009 a 48,2%. A população que se delcara amarela ou indígena quase não variou: eram 0,6% tanto em 1999 como em 2004 e agora está em 0,7%,Aumenta número de residências de casais sem filhosEm 2009, havia no Brasil 17,1% dos lares formados por casais sem filhos. Em 2004, esse percentual era de 14,6% e em 1999 estava em 13,3%, aponta o estudo. Por outro lado, houve uma forte redução de residências de casais com filhos: eram 55% do total nacional há dez anos, caiu para 51% em 2004 e em 2009 estava em 47,3%.O número de lares com mulheres sem cônjuges e com filhos voltou a cair: eram 17,1% em 1999, passou para 18,4% em 2004 e em 2009 ficou em 17,4%. Outros tipos de lares, que inclui, por exemplo, pessoas sozinhas, que eram 5,5% em 1999, agora são 6,2%.O estudo indica também que segue aumentando o número de casamentos entre desquitados. Se em 1999 o casamento entre pessoas que já haviam sido casadas era de 10,6% do total, no ano passado foi de 17,1%, maior patamar da década.Apenas 22,6% dos idosos se declaram sem doençasSegundo o levantamento, apenas 22,6% das pessoas com mais de 60 anos indicam que não possuem nenhuma doença. De acordo com o levantamento, 53,5% afirmam sofrer de hipertensão, 35,1% sofrem de dores de coluna ou nas costas, 24,2% vivem com artrite ou reumatismo, 17,3% sofrem com doenças do coração e 16,1% são diabéticos.Outros 20,9% declaram sofrer de outros males. O percentual supera os 100% porque muitos afirmam ter mais de uma doença. O levantamento indica ainda que 13,6% das pessoas com mais de 60 anos têm dificuldades de andar mais de 100 metros, percentual que sobe para 27,3% quando o instituto leva em conta a população acima de 75 anos.
Isso demonstra que a nova geração possui uma escolaridade maior, justamente o que o mercado de trabalho espera
Programa de Intercâmbio e Difusão Cultural - Edital nº 1/2010
Para viagens em dezembro, inscrições até 30 de setembro
atualizado em 03 de setembro de 2010
A Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura (Sefic/MinC) disponibilizou o edital do Programa de Intercâmbio e Difusão Cultural 2010 para auxilio financeiro a viagens que ocorrerão nos próximos oito meses.
Com recursos oriundos do Fundo Nacional da Cultura (FNC), a ação tem como objetivo promover a difusão e o intercâmbio da cultura brasileira nos diversos segmentos culturais.
O aporte total de R$ 2,4 milhões permitirá custear despesas com transporte de artistas, técnicos e estudiosos convidados a participar de eventos prioritariamente culturais, promovidos por instituições brasileiras ou estrangeiras, de reconhecido mérito. O apoio poderá ser pleiteado para possibilitar apresentação de trabalho próprio, participação em cursos de capacitação e residência artística.
O prazo das inscrições está condicionado ao seguinte cronograma:
Viagens previstas para: | Encaminhamento das solicitações até: |
Maio | 11/4/2010 |
Junho | 2/5/2010 |
Julho | 31/5/2010 |
Agosto | 15/6/2010 |
Setembro | 30/6/2010 |
Outubro | 31/7/2010 |
Novembro | 31/8/2010 |
Dezembro | 30/9/2010 |
Atenção:
- O prazo para as inscrições é referente a data de início da viagem, não do evento.
- Grupos não instituídos juridicamente devem apresentar candidatura em nome da pessoa física responsável pelo grupo.
- A solicitação não poderá ultrapassar o valor total de R$ 52.500,00 sob pena de ser indeferida, observados os subitens 9.15, 1.6.1, 1.6.2, 4.7 e 5.1 do edital.
- Conforme estipulado no item 8, a apresentação de proposta de contrapartida cultural é obrigatória.
- Caso algum integrante não possua CPF, o campo deverá ser preenchido com o CPF de seu responsável legal.
- Caso não haja informação a ser inserida em campo obrigatório, deve-se preencher com a seguinte indicação: N/A (não se aplica).
Bibliotecas vão receber revistas culturais
Ministério da Cultura divulgou hoje no Diário Oficial da União os selecionados do Edital Periódicos de Conteúdo Mais Cultura
O Ministério da Cultura (MinC) divulgou hoje (16 de setembro) no Diário Oficial da União (Seção 1, página 10) a lista final dos selecionados no Edital de Periódicos de Conteúdo Mais Cultura. As 12 publicações escolhidas vão compor o acervo de bibliotecas públicas. Ao todo o MinC investiu R$ 5,2 milhões para a aquisição de 7 mil assinaturas de cada uma das publicações.
A seleção pretende popularizar materiais de leitura, estimular o hábito da leitura e despertar o pensamento crítico, disponibilizando a populações urbanas e rurais, freqüentadoras de espaços culturais públicos, publicações com conteúdos diversificados e de qualidade. Por isso, as obras serão distribuídas a bibliotecas públicas, Pontos de Leitura, Pontos de Cultura e outros equipamentos e espaços culturais indicados pelo Ministério da Cultura. Devido à legislação eleitoral, as revistas só serão enviadas após as eleições.
Revistas, jornais e publicações de quase todas as regiões do país enviaram propostas ao edital. Ao todo foram 62 inscritos. Deste total, 12 foram contempladas – inicialmente seriam quatro, mas o edital previa a ampliação em caso de maior disponibilidade orçamentária.
Os periódicos que participaram do edital deviam, obrigatoriamente, desenvolver conteúdo sobre Cultura, Sociedade, Artes, Política e Economia, com ênfase mínima de 35% da publicação para Cultura e Artes. Além disso, tinham de oferecer um desconto de, no mínimo, 30% sobre o preço de assinaturas individuais.
Cada periódico foi avaliado por, no mínimo, dois integrantes da Comissão de Avaliação, que usaram como critérios a proposta editorial, a qualidade estética, o compromisso socioambiental e a repercussão da publicação.
Os periódicos que vão compor o acervo das bibliotecas e demais espaços culturais são: Brasileiros, Cult, Viração, Rolling Stone, Raça Brasil, Piauí, Carta na Escola, Jornal Rascunho, Fórum Outro Mundo em Debate, Le Monde Diplomatique Brasil, Caros Amigos e Almanaque Brasil de Cultura Popular. O resultado final não cabe interposição de recursos.
Visando fomentar e contemplar outras publicações, o Ministério da Cultura irá lançar, através do Fundo Nacional de Cultura (FNC), o Edital para Fomento de Periódicos Literários.
Veja aqui a Portaria completa. http://www.cultura.gov.br
Informações para a imprensa:
Diretoria de Livro, Leitura e Literatura – Neila Baldi – (61) 2024.2649 – Email: neila.baldi@cultura.gov.br
Secretaria de Articulação Institucional – Rafael Ely – (61) 2024.2325 – Email: rafael.ely@cultura.gov.br
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Projeto de editora pretende estimular o hábito da leitura usando cordéis
Mais de 20 anos atrás, os Titãs já cantavam “a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte”. Fazer desses versos realidade é a proposta da Cesta básica da cultura e do conhecimento, iniciativa da Ensinamento Editora para que empresários incentivem o hábito da leitura em seus funcionários. Com 20 títulos prontos para irem ao prelo e outros 20 em vias de serem lançados, a editora busca patrocínio, via renúncia fiscal, para que os exemplares sejam distribuídos gratuitamente. “A ideia é que sejam transformados em um benefício para os funcionários das empresas que apoiarem, do mesmo jeito que a cesta básica de alimentos. Queremos que os empresários vejam o livro como um alimento de primeira necessidade”, afirma Valter da Silva, diretor comercial da Ensinamento.
O projeto da cesta básica foi aprovado pelo Ministério da Cultura e está apto a receber R$ 390 mil por meio de renúncia fiscal, o que seria suficiente para imprimir 30 mil exemplares das obras que o patrocinador escolher, dentro das opções oferecidas pela editora. Em troca, pode inserir a marca da empresa na capa, contracapa ou na lombada do livro. “Como o valor da impressão é abatido do imposto da empresa, o investimento não representaria despesas extras”, explica Silva.
Entre os títulos adaptados para cordel já prontos para edição há textos de autores de todo o Brasil, além de edições adaptadas para o formato de O manifesto comunista, de Karl Marx, e do conto A cartomante, de Machado de Assis. O cardápio da Ensinamento oferece, também, biografias de Olga Benário, Che Guevara, irmã Dulce, Oswaldo Cruz e Monteiro Lobato; histórias de cunho espiritualista e cristão, uma de mote ecológico, outra sobre o mal de Alzheimer. Há quatro cordéis sobre Brasília. A seleção prima pelo ecletismo, sem compromisso com ideologias ou religiões, segundo Silva. “A população tem que conhecer de tudo. Não queremos seguir nenhuma cartilha nem favorecer qualquer governo ou segmento político. O discernimento cabe a quem lê”, diz.
Para ele, o mais importante é criar o hábito da leitura, por isso há livros dirigidos tanto a adultos quanto crianças. Os títulos são escolhidos pelo conselho editorial da Ensinamento. Para a próxima leva, estão previstos textos de poesia e adaptações de contos e romances, sempre vertidos para o cordel. Os exemplares produzidos poderão ser distribuídos pela própria patrocinadora ou pela editora — a decisão é do empresário. “Mas a ideia é que o funcionário tenha acesso aos títulos”, comenta.
LITERATURA DE CORDEL
Espécie de poesia popular impressa e divulgada em folhetos ilustrados por meio do processo de xilogravura. Elemento cultural com grande força no Nordeste brasileiro, tem este nome porque os livretos são expostos estendidos em cordas, seja em mercados populares ou nas ruas. Medem 11cm x 16cm e têm, geralmente, 8, 16 ou 24 páginas (podendo ser mais). O conteúdo é em versos de, geralmente, seis estrofes.
O projeto da cesta básica foi aprovado pelo Ministério da Cultura e está apto a receber R$ 390 mil por meio de renúncia fiscal, o que seria suficiente para imprimir 30 mil exemplares das obras que o patrocinador escolher, dentro das opções oferecidas pela editora. Em troca, pode inserir a marca da empresa na capa, contracapa ou na lombada do livro. “Como o valor da impressão é abatido do imposto da empresa, o investimento não representaria despesas extras”, explica Silva.
Entre os títulos adaptados para cordel já prontos para edição há textos de autores de todo o Brasil, além de edições adaptadas para o formato de O manifesto comunista, de Karl Marx, e do conto A cartomante, de Machado de Assis. O cardápio da Ensinamento oferece, também, biografias de Olga Benário, Che Guevara, irmã Dulce, Oswaldo Cruz e Monteiro Lobato; histórias de cunho espiritualista e cristão, uma de mote ecológico, outra sobre o mal de Alzheimer. Há quatro cordéis sobre Brasília. A seleção prima pelo ecletismo, sem compromisso com ideologias ou religiões, segundo Silva. “A população tem que conhecer de tudo. Não queremos seguir nenhuma cartilha nem favorecer qualquer governo ou segmento político. O discernimento cabe a quem lê”, diz.
Para ele, o mais importante é criar o hábito da leitura, por isso há livros dirigidos tanto a adultos quanto crianças. Os títulos são escolhidos pelo conselho editorial da Ensinamento. Para a próxima leva, estão previstos textos de poesia e adaptações de contos e romances, sempre vertidos para o cordel. Os exemplares produzidos poderão ser distribuídos pela própria patrocinadora ou pela editora — a decisão é do empresário. “Mas a ideia é que o funcionário tenha acesso aos títulos”, comenta.
LITERATURA DE CORDEL
Espécie de poesia popular impressa e divulgada em folhetos ilustrados por meio do processo de xilogravura. Elemento cultural com grande força no Nordeste brasileiro, tem este nome porque os livretos são expostos estendidos em cordas, seja em mercados populares ou nas ruas. Medem 11cm x 16cm e têm, geralmente, 8, 16 ou 24 páginas (podendo ser mais). O conteúdo é em versos de, geralmente, seis estrofes.
Viviane MarquesEspecial para o CorreioEspecial para o Correio
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